Na tarde desta terça-feira, 07, o Conselho de Estado da Cultura realizou sessão ordinária no auditório do Memorial do Rio Grade do Sul. A pauta foi a participação social da construção dos planos estadual – Plano Estadual de Cultura e nacional. A mesa foi composta pelo Presidente do CEC-RS, Neidmar Roger Charão Alves, pelo Representante do Comitê de Integração da Fronteira Sul Brasil-Uruguai, Ricardo Almeida, pelos representantes do Orçamento Participativo (OP) de Porto Alegre, Dionísio Júnior e João Maciel, e Fábio Teixeira, representante da s Culturas Populares e do HIP HOP.
A ideia do encontro surgiu após audiência aberta na Assembleia Legislativa, proposta pelo Deputado Altemir Tortelli, que ocorreu no último dia 23 de junho. A audiência discutiu a PL 244, que se refere ao Plano Estadual de Cultura, apresentado por esta gestão estadual.
Para o representante da fronteira, Ricardo Almeida, a discussão sobre o Plano de Cultura deve ser feita de forma republicana, sem partidarismos. E que não é necessário estar no governo para lutar pela cultura. Almeida ressaltou que o questionamento faz parte do processo e que é necessário aprender a questionar. Ainda segundo Ricardo, um plano sem metas e se orçamento é apenas um amontoado de boas intenções. Para o representante do Comitê de Integração da Fronteira Sul, o Rio Grande do Sul está morto por ter desistido de ter indignações de uma forma geral.
Em contraponto, Dionísio Júnior disse que a atuação a participação no povo porto-alegrense no Orçamento Participativo – OP bateu recorde no ano passado. Segundo o representante do OP, a sociedade está se envolvendo nas ações, mas talvez não forte e organizada o suficiente. João Maciel, que faz parte da Temática Cultural do OP, afirmou que é raro que essa pasta tenha um espaço como o proposto pelo CEC-RS para discutir esse assunto. Maciel ressaltou que os atuais R$ 2 mi em investimentos para a Temática da Cultura no OP é o maior dos últimos tempos.
Encerrando a participação da mesa, foi a vez do representante de Culturas Populares, Fábio Teixeira. Fábio falou da importância da cultura HIP HOP e destacou o fato de ser uma cultura autodidata, que diferentemente de outras culturas, não possui ensino formal para a sua execução. Teixeira falou sobre a subvalorização da cultura HIP HOP de uma forma geral, da luta para que essa manifestação não se torne apenas comercial, como já ocorreu em outros países. Fábio ressaltou que apesar de todos esses problemas, o Grafiti, por exemplo, está sendo bem desenvolvido na cidade de Porto Alegre, muito em função da organização, que tenta fazer com que a cultura siga forte no Brasil. Segundo o grafiteiro, apesar do incentivo público, os representantes do HIP HOP não fica “parado esperando ajuda”.
A sessão fez parte de uma série de sessões abertas que têm por objetivo aproximar o poder público da sociedade civil organizada, a fim de fomentar o diálogo entre as partes e fortalecer o crescimento da cultura gaúcha.
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