Aos prefeitos do Rio Grande do Sul:
O Conselho Estadual de Cultura entende que as entidades carnavalescas possuem relevante dimensão cultural, inclusive para aqueles que afirmam que o carnaval representa “uma despesa ao erário público” e que sua não realização levará mais dinheiro para a saúde. Isto é ignorar que a prevenção a muitas patologias mentais e fisiológicas se dá exatamente por meio da canalização da energia dos seres humanos que vivem à margem de todos os processos de riqueza ou distribuição de renda.
Em tempos de crise, tem sido ignorado o esforço de muitos que passam tanto tempo construindo alegorias, fantasias, ritmos e bailados identificados com suas histórias, seus mitos e ideais, a verdadeira identidade de um povo.
O Conselho Estadual de Cultura do Rio Grande do Sul entende que o carnaval é o agente da cidadania e não objeto. Logo, os carnavalescos possuem direitos a ter direitos respeitados. Os bastidores, em termos do trabalho, geram renda e movimentam a economia, promovendo o desenvolvimento que assegurará prevenção a questões de segurança pública e saúde.
Atenciosamente,
Marco Aurélio Alves
Presidente do CEC/RS
Conselho Estadual de Cultura - CEC/RS
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