É professor. Conselheiro de Cultura. Integrante da Academia de Letras. "E até um pouco Português" brinca José Édil Alves, Conselheiro Estadual de Cultura há 1 ano.
Nascido em São Gabriel, foi levado para Uruguaiana aos seis anos. Desde a escola primária, era envolvido com cultura.
"Com 9 anos já era secretário do Centro Estudantil do Colégio Santana, em Uruguaiana."
Mudou-se para um Colégio Marista, onde ingressou no coral da escola junto com um irmão. "Éramos da turma das vozes brancas. Acabei ficando um pouco conhecido pelo pessoal" conta Zé Édil com um sorriso irônico no rosto que não deixa de esconder sua simplicidade e simpatia.
Ele interrompe sua história para falar com o Conselheiro Airton sobre uma reunião na Associação de Escritores do Rio Grande do Sul, grupo do qual também é membro ativo.
"De volta a história, em 1961, quando eu fazia o Científico, já também me convidaram para lecionar, dar aulas de português."
Em 1965 veio para Porto Alegre cursar jornalismo na UFRGS, porém após um semestre acabou trocando para Letras na PUCRS, onde concluiu seu curso com ênfase em língua espanhola, em 1968.
De volta a Uruguaiana, foi coordenador no Colégio Marista Rosário de Uruguaiana e professor na Faculdade de Uruguaiana. Também lecionou no Rio de Janeiro antes de ser convidado para estudar e trabalhar em Portugal.
Apesar da mudança repentina e enorme, logo se adaptou à cultura e costumes dos lusos.
Quando em Portugal, ministrava aulas, assistia palestras e até jantava com grandes renomes da literatura portuguesa, como José Saramago, então presidente da associação de escritores Lusos. Foi a convite de José Édil que Saramago veio pela primeira vez ao Rio Grande do Sul, no 1º Congresso de Cultura do estado, em 1987.
A vida portuguesa era regada a boas companhias e intelectuais linguistas, isso"Além do Fernando Assis Pacheco, Antonio Lobo Antunes e mais uns outros bons nomes..." comenta.
Teve alguns textos publicados em jornais de Lisboa e do interior. Mas as palmeiras do Brasil cantaram mais alto. Em 1986 voltou para lecionar em Porto Alegre.
Quando questionado sobre sua entrada no Conselho Estadual de Cultura, José Édil diz que tudo aconteceu de surpresa. Seus colegas de Academia, Walter Galvani e Élvio Vargas, estavam por acabar seus mandatos de 4 anos no Conselho e então o indicaram para substituí-los por conta de suas boas atribuições:
“Você e o Airton Ortiz (outro conselheiro) sempre se articulam bem e lidam bem com a correria, precisa ser você”, disseram os dois.
E assim começava a história de José Édil de Lima Alves no Conselho Estadual de Cultura do Rio Grande do Sul, local onde hoje ele exerce as funções de conselheiro e Secretário.
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