A frase é simples, geralmente curta, quase um comando. O jeito é sorridente, porém centrado. A concentração pode dissipar-se no ar em segundos e algum momento após, é capturada novamente. Ninguém sabe direito como nem quando. É uma magia cativante que ronda seu ser. Eis José Airton Ortiz, Conselheiro Estadual de Cultura e também jornalista em tempo integral.
Criador do chamado Jornalismo Aventura:
"Segundo os estudiosos que me cunharam como criador do jornalismo aventura estabeleceram alguns critérios para dizer o que eu faço: Narração em primeira pessoa, com pautas que geralmente podem virar um grande texto ou livro. É um jornalismo com emoção."
"O que faz o cara sentar e ler é a emoção que tu passa num texto, ao contrário do que se pensa no jornalismo moderno."
Os detalhes que fazem brilhar os olhos de muitos são, segundo Airton, as semelhanças histórico-culturais:
"Também procuro dar muita ênfase aos aspectos Culturais do que os aspectos técnicos" comenta Airton.
O Jornalista também aponta que as viagens são importantes para se saber mais sobre si mesmo.
"Entrar em contato com outras culturas, outras formas de viver e ver a vida é fundamental para que se encontre a nossa forma de se aventurar pelo nosso próprio destino" salienta.
Em diversos momentos, ele inclusive tenta "se expor":
"Geralmente marco um início e um término de viagem (geográficamente). Logo depois, determino um tempo para realizar esse trajeto. Isso garante que a aventura, as descobertas, as maneiras que eu encontre para acelerar ou desacelerar essa viagem sejam mais emocionantes, gerem mais impacto tanto em mim quanto nos meus leitores."
Além disto, Zé Airton, como foi apelidado no Conselho, também já fez estágio na rádio bandeirantes e trabalhou como freelancer por muito tempo para diversos jornais da capital. Fez também alguns documentários de aventura.
Representa hoje, no Conselho, o segmento cultural do Livro e da Literatura, indicado pela Câmera Rio-Grandense do Livro em 2018, junto do Conselheiro José Édil Alves.
"O Conselho representa uma das instituições mais sérias no segmento público por conta da diversidade de pessoas que discutem os projetos e a cultura do estado. Cada Conselheiro aqui pensa diferente do outro, cada um traz uma experiência única. É uma verdadeira viagem!" brinca.
Zé Airton entende que os 24 Conselheiros conseguem aprimorar as políticas culturais unindo sua pluralidade e os conflitos decorrentes dela
"O Rio Grande do Sul não é harmônico do ponto de vista cultural. E aqui (no Conselho) esses desencontros se refletem. Então, conseguir uma unanimidade neste grupo é algo ímpar para a Cultura do estado".
José Airton já foi para os Estados Unidos, diversos países da Europa, para Índia e ao Tibete, onde ele diz ter tido suas melhores experiências.
Porém, entusiasmado, confessa:
"A melhor viagem sempre é a próxima."
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