Na tarde de quarta-feira (26), o CEC recebeu a conselheira Marlise Nedel Machado. Em sua apresentação contagiante, a história da Dança de Salão foi relembrada. O auditório do MARGS viajou através dos séculos, do Egito à França Barroca, terminando nas casas de tango argentinas e salas de dança gaúchas.
Marlise incentivou o pensamento crítico e reflexivo acerca do papel da dança como linguagem, como ato de fruição e como arte em constante luta contra o machismo e a heteronormatividade. Marlise explicou que "a história de danças de salão está de mãos dadas com o machismo."
O tango, palavra de origem africana, ao longo do século XXI, vem mudando tais pensamentos, colocando-se contra regras de normatividade.
A mulher vem ganhando espaço, especialmente por tomar a liderança e conduzir a performance. "A boa dama, na dança de salão, sempre foi aquela que se limitou a seguir o homem, sem criar nada de seu.", relatou Marlise. Essa perspectiva está mudando, e algumas iniciativas auxiliam a causa, como “Mulheres Condutoras no Tango”, projeto idealizado e conduzido pela conselheira.
Homens não formavam pares na dança, norma imposta por pensamentos retrógrados e homofóbicos. Contudo, em 2014, uma dupla entrou para o Top 5 melhores dançarinos no Campeonato Mundial de Tango Escenario. Foram os irmãos Filipeli: Nicolas e German.
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