23/11/2012

Colóquio exibe consenso de agentes da Cultura por novas soluções para velhos problemas

Artistas, dirigentes, gestores e produtores de Cultura estiveram reunidos no auditório do Centro Cultural Érico Veríssimo da CEEE ao longo de dez horas desta quarta-feira, 21, no II Colóquio Estadual de Cultura promovido pelo Conselho Estadual de Cultura em busca de solidariedade e de transparência.
“Somos parte da nação que ora se consolida a partir da soma das riquezas regionais”, resumiu a presidente do Conselho, Loma Pereira, que enfatizou o interesse da Câmara Diretiva em integrar e integrar-se aos agentes de Cultura gaúchos e estimular a produção de fórmulas criativas para solucionar os múltiplos problemas do setor.
O II Colóquio foi aberto pela saudação de que participaram o secretário estadual de Cultura, Luiz Antonio de Assis Brasil, a representante regional do Ministério da Cultura, Margarete Moraes, o coordenador das ações sociais, Sr. Gustavo Zandonai, que representou a diretora do Centro Cultural Érico Veríssimo, Regina Leão Ungaretti, e o presidente do CODIC/FAMURS, João Carlos Martins, além da presidente do Conselho Estadual de Cultura.
A programação matinal teve início com a apresentação pela presidente de dados estatísticos sobre a demanda de projetos aprovados, bem como destino dos financiamentos por área e região seguida pela brilhante palestra do professor e pesquisador Francisco Marshall sobre Cultura e Entretenimento, e no período da tarde oficina coordenada pelo conferencista, pesquisador e consultor em tecnologia sócio-cultural André Martinez sobre Protagonismo Cultural, Pedagogia Social e Desenvolvimento Sustentável.
Marshall e Martinez apontaram a conveniência, senão a necessidade, de uma reflexão sobre perspectivas de futuro a partir de uma mudança geral de comportamento em favor da construção de fórmulas novas que substituam aquelas que não deram certo e valorizem a diversidade e a quebra de preconceitos.
Enquanto o Brasil se organiza para a preservação das raízes e intercâmbio cultural criando uma teia cooperativa de fomento que viabilize ações com base na economia criativa, André Martinez, como curador de projetos nacionais importantes, observou que "a produção cultural do Rio Grande do Sul aparece fora do contexto da proposta de desenvolvimento sustentável, como se estivesse reduzido numa aldeia gaulesa distante dos acontecimentos nacionais que rumam a novas diretrizes”.
O Conselho Estadual de Cultura, com seus atuantes 24 conselheiros, tem buscado se integrar com as forças vivas da capital e do estado, exteriorizando suas preocupações e analisando os caminhos para a apreciação de projetos que buscam os benefícios da renúncia fiscal através do Sistema Pró- Cultura, (LIC), e outros caminhos que porventura se abram.
Dirigentes e produtores culturais participantes sugeriram a realização de terceira edição do Colóquio ainda no primeiro semestre de 2013 para que se consolide a proposta de aproximação e ação conjunta.

Foto Guga Marques/ CEEE